Indicações do ultrassom com contraste

O ultrassom com contraste emerge como uma ferramenta vital em diagnósticos médicos quando o ultrassom convencional não oferece informações suficientes. Geralmente, o contraste é empregado para investigar estruturas vasculares, detectar vazamentos sanguíneos, identificar obstruções em veias e artérias, bem como analisar malformações e aneurismas.

Essas condições podem ser desafiadoras de avaliar, mas o uso de contraste melhora a clareza das imagens. As microbolhas introduzidas permitem a avaliação da velocidade do fluxo sanguíneo e a detecção precisa de hemorragias, mesmo as menores.

Além disso, o ultrassom com contraste é frequentemente recomendado para examinar nódulos e tumores no fígado, sendo esse o seu uso inicial, e para analisar lesões não-vascularizadas, como hematomas, abscessos, cistos e áreas afetadas pela isquemia (falta de suprimento sanguíneo e oxigênio). Em tais casos, o contraste auxilia na tomada de decisões médicas, como a necessidade de cirurgia.

Um aspecto importante é que o contraste de microbolhas oferece uma alternativa viável para pacientes com fatores de risco que contraindicam o uso de outros tipos de contraste, como iodo, bário e gadolínio. Com seu uso, o ultrassom pode proporcionar detalhes comparáveis aos de uma ressonância magnética ou tomografia, sendo uma opção para diagnósticos em pacientes que não podem recorrer a essas técnicas.

No entanto, é essencial observar que em exames de ultrassom de rotina, que não envolvem investigações complexas, a utilização de contraste é extremamente rara. O emprego dessa técnica é reservado para situações em que sua contribuição à precisão do diagnóstico é fundamental.